sexta-feira, 9 de maio de 2008

CABARET NEOPATÉTICO

Agora o mapa do meu corpo põe à disposição de cada orgão sua própria saída da zona desmilitarizada entre os eus e os eles e guiam como lâminas de fôrça cortando a pele por dentro até a boca calando esse ar louco-por-poder e louco-por-controle circulando viciado por toda parte.
Respirando o retorno de cada parte evitada, tomando o rejeitado de volta porque aquele golpe de estado fóbico quer a Roda sob controle e basta um momento de fraqueza.
Sou o escorpião que aprendeu a nadar: dei ao corpo a chave do sistema fechado e tudo dentro da minha carne, cada pedaço, cada fragmento asume outro lugar, ministros da conspiração derrubando o que já está morto.
Procuro o caminho da Revisão e encontroa retomada do Trabalho, e é preciso ter confiança e olho certo, mãos rápidas e silêncio para buscar em mim mesmo o que me foi tirado. Sou minha espectatica, meu romance, a cabeça segue a dança dos meus cigarros até a fumaça perfumar o sangue e eu, enfim, perceber assustado o vermelho me caíndo bem.

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